A Espuma de Carnaval é Inflamável?
Em dúvidas? Não perca o texto a seguir e descubra se a espuma de Carnaval é ou não inflamável!
A espuma de Carnaval é inflamável?
O Carnaval é uma festa muito popular no Brasil. As ruas e os clubes ficam repletos de pessoas que se divertem, dançando ao som de músicas bem agitadas. Nessa época, as pessoas se fantasiam, atiram ovos, vão atrás do trio elétrico, rendem homenagens ao Rei Momo.
O spray de espuma é também um dos produtos que os foliões gostam de usar. Aparentemente inofensivo, esse produto oferece riscos aos usuários ou “vítimas”.
Tal como o popular balão de São João, que produzia efeitos visuais nas noites de festa, mas foram proibidos por oferecerem riscos de incêndios, o spray também representa perigo durante os dias em que se festeja o Carnaval.
Em dúvidas? Não perca o texto a seguir e descubra se a espuma de Carnaval é ou não inflamável!
Será que a espuma de Carnaval é mesmo inflamável?
A espuma de Carnaval, também conhecida como espuma branca, é inflamável sim. Os gases empregados para que o spray funcione são derivados do petróleo. Logo, ele pode pegar fogo.
As substâncias químicas que compõem a espuma são, entre outras, a cocabetaína, as resinas, os gases propano e butano, que é o gás de cozinha. O propano e o butano derivam do petróleo e, além de sua inflamabilidade, eles ajudam a destruir a camada de ozônio.
Os produtos tóxicos e inflamáveis que compõem a espuma de Carnaval já foram estudados e os resultados foram publicados na Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Apesar dos perigos já divulgados, as pessoas insistem em usar o spray nas festas carnavalescas.
Quais outros problemas a espuma pode causar?
A espuma de carnaval não é apenas inflamável, ela oferece outros riscos. Ela causa também alergias e danos aos sistemas do organismo. Isso ocorre quando as substâncias interagem com membranas, enzimas e outras estruturas biológicas. A espuma pode penetrar através da pele e das mucosas, como boca, olhos, nariz e garganta, seja por contato ou inalação.
Quando o produto entra em contato com a pele e as mucosas, elas tendem a ficar sensibilizadas e irritadas. Também podem aparecer outros efeitos, como excitação, tonteira, asfixia, sonolência e intoxicação fatal, dependendo do nível de exposição às substâncias tóxicas.
Para não sofrer com essas reações, o correto é não permitir que a espuma entre em contato com a pele. O local afetado deve ser lavado rapidamente.
Se os olhos forem afetados, é recomendado lavar urgentemente com água corrente. Caso não desapareçam a irritação, a ardência, a vermelhidão, a sensação de areia, deve-se procurar um oftalmologista, principalmente se a visão piorar. E se a pessoa ingerir a espuma, é fundamental procurar socorro médico imediatamente.
Quais cuidados devem ser tomados com as crianças?
O spray de espuma é usado, de forma especial, pelas crianças. Os pais devem tomar muito cuidado. Pelo fato de ser inflamável, ela pode provocar sérias queimaduras.
Não é recomendado brincar com a espuma de carnaval perto do fogo, nem de superfícies aquecidas. Também não se deve usá-la em ambientes com temperatura igual ou superior a 50º C.
Algum caso real pode ser citado para ilustrar o problema?
Sim! Para realçar o que estamos falando sobre os perigos da espuma branca, vamos citar um caso real. Circulou na internet, em 2018, um vídeo de uma criança “pegando fogo” depois que seu pai jogou o produto na direção dela.
O tenente do Corpo de Bombeiros Guilherme Veras explicou que a espuminha foi, de fato, a responsável pela combustão. Apesar de muitos internautas duvidarem da veracidade do acontecimento, ele realmente aconteceu. A criança se incendiou porque o jato foi direcionado para uma vela, promovendo o processo de combustão.
Devido aos riscos, em algumas cidades, o uso do spray de espuma já foi proibido.
Vale ressaltar que não é somente a espuma de carnaval que é perigosa e inflamável: todos os produtos vendidos em cilindros de aerossol são inflamáveis (é o caso de sprays de cabelo e de tinta).
É importante atentar para o uso da espuma de carnaval. De preferência, conhecendo os riscos que ela envolve, vale a pena procurar outros meios de diversão no Carnaval.
Fonte: SkyFire