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Explosão em Indústria da Braskem no ABC Paulista Começou em Tanque de Gasolina que Estava em Manutenção

Explosão em Indústria da Braskem no ABC Paulista Começou em Tanque de Gasolina que Estava em Manutenção

“O ground flare tem capacidade de mais ou menos 500 toneladas de queima e isso gera luminosidade que chama a atenção. Para quem vê de longe, parece que está pegando fogo, mas tudo é controlado”, explicou Bouçós.

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Explosão em indústria da Braskem deixa morto no ABC Paulista

Incêndio começou em tanque de gasolina que estava em manutenção

Ao menos mais outras seis pessoas ficaram feridas .

A unidade da Braskem de Santo André, no ABC paulista, registrou um incêndio por volta das 9h desta quinta-feira (22). Seis viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para a ocorrência.

O fogo havia sido controlado ainda no período da manhã e as causas ainda estavam sendo investigadas pela Braskem. Em nota, a empresa diz que o tanque estava em manutenção e a brigada de emergência do polo industrial foi acionada assim que o fogo começou.

A Tenenge, que presta serviço para a Braskem, explica que ocorria uma atividade de pintura no momento do acidente. Todos os feridos são integrantes da empresa. "Com imenso pesar, confirmamos que lamentavelmente um deles veio a óbito no final desta manhã, apesar de todos os esforços realizados pela equipe médica no local e na instalação hospitalar, para onde o funcionário foi encaminhado com o apoio do Corpo de Bombeiros", informa a empresa em nota. Três vítimas da explosão tiveram de 80 a 90% dos corpos queimados. Uma delas foi socorrida antes da chegada dos bombeiros pela brigada de emergência da empresa. A outra, com parada cardiorrespiratória e 90% do corpo queimado, foi transportada pelo Helicóptero Águia 21, da Polícia Militar, para o Hospital Tatuapé. A terceira sofreu queimaduras na face e também nas vias aéreas. Ela foi socorrida e encaminhada para o Pronto Socorro do Hospital São Matheus. Outras duas vítimas sofreram contusões nas pernas após sofrerem quedas por conta do deslocamento de ar, proveniente da explosão. Elas foram atendidas no ambulatório da empresa e depois encaminhadas ao Pronto Socorro do Hospital Notredame. Mais duas pessoas sofreram contusões leves, foram orientadas, atendidas no ambulatório da empresa e não necessitaram de atendimento médico externo.

O forte ruído e o clarão vindos do Polo Petroquímico de Capuava, em Mauá, no fim da noite de terça-feira, não foram causados por explosão, segundo representantes da Braskem, principal empresa do complexo. A equipe do Diário esteve ontem no local, onde os funcionários afirmaram que a situação foi causada por instabilidade operacional e consequente paralisação temporária de uma das unidades de produção de insumos básicos. “(O que aconteceu ontem) É habitual para momentos de distúrbios operacionais”, falou o coordenador de produção, Danilo Bouçós.

A luminosidade, vista de bairros distantes do polo, vinha do ground flare, equipamento responsável pela combustão de alta pressão, que opera com seis estágios de queima de matéria-prima que, por alguma razão, não pode ser utilizada. “Quando os equipamentos são acionados, direcionam gases para queima segura e isso acontece no flare”, disse a gerente de saúde, segurança e meio ambiente da Braskem, Sílvia Albuquerque.

“O ground flare tem capacidade de mais ou menos 500 toneladas de queima e isso gera luminosidade que chama a atenção. Para quem vê de longe, parece que está pegando fogo, mas tudo é controlado”, explicou Bouçós.

A equipe afirmou que não houve nenhum incêndio no local e, portanto, não demandou envio de viaturas do Corpo de Bombeiros. Na madrugada de ontem, a corporação havia dito ao Diário que três veículos foram encaminhados, o que foi confirmado pela manhã. Porém, à noite, a informação passada pelos bombeiros é que nenhum carro foi ao local por se tratar de instabilidade operacional.

Sobre os barulhos de explosões, ouvidos por diversas pessoas que residem no entorno, a equipe tem várias suposições. “Cada válvula que abre emana certo volume de gás que, na hora que entra em ignição, expande e pode, eventualmente, levar à interpretação de explosão”, exemplifica Bouçós. “Durante processo em que um compressor parou de funcionar, tivemos a abertura de uma válvula de segurança de vapor d’água. Isso pode ter gerado ruído também.

” Moradores próximos relatam que ouvem ruídos diariamente, mas o de terça-feira foi ‘assustador’. “As janelas chegaram a tremer, dava a impressão que ia explodir tudo. Meu filho de 8 anos acordou e, assustado, veio dormir comigo. Eu fiquei com medo, imagine uma criança”, contou a dona de casa Andréia Martins Gonçalves Ribeiro, 37 anos. No dia 14 de outubro, rompimento de tubulação provocou fogo na unidade, deixando seis trabalhadores com ferimentos leves.

Os representantes da empresa assumem que essa ocorrência aumentou o receio da população. Esse é o caso da dona de casa Maria Silva, 44, que mora em frente ao polo. “O barulho estava muito forte, uma claridade tremenda. Uma amiga chegou chorando em casa e saímos para dar uma volta, não queríamos ficar aqui. Tive medo porque já aconteceu uma vez e não sabemos o que se passa lá dentro.”

 

Da Redação - Portal Incêndio

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