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Incêndios provocado por balões . Parque Estadual do Juquery - Operação Corta-Fogo

Incêndios provocado por balões . Parque Estadual do Juquery - Operação Corta-Fogo

Em 2020, por exemplo mais de 90% das 269 ocorrências de incêndios florestais tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas

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Em 2020, por exemplo mais de 90% das 269 ocorrências de incêndios florestais tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas

A Prefeitura de Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, informou nesta terça-feira (24) que o incêndio no Parque Estadual do Juquery foi completamente controlado. O fogo se alastrou após a queda de um balão. Segundo as autoridades, 85% do parque foi atingido.

Além do balão, o tempo seco colaborou para que que o incêndio se espalhasse pelo parque, que tem cerca de 2 mil hectares de extensão.

No domingo, primeiro dia do fogo, diversas regiões da capital paulista e da zona metropolitana foram atingidas com fuligem da queimada.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, o número de queimadas aumentou 8,4% no estado entre janeiro e julho deste ano, em relação com o mesmo período do ano passado.

O estado enfrenta rigorosa estiagem neste ano, o que propicia focos de incêndio nas matas, mas os bombeiros também alertam que muitos casos são relacionados a ações humanas.

O sistema Cantareira, inclusive, também tem sofrido com o tempo seco do inverno paulista. Sem chuvas, a situação do reservatório é de alerta há 12 dias, segundo o monitoramento da Agência Nacional de Águas (ANA). O status é atribuído às reservas que se encontram abaixo de 40% da capacidade total.

A queda de balão, o uso irregular do fogo em atividades agropecuárias e o vandalismo estão entre os motivos que causam incêndios florestais em São Paulo, segundo dados do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas publicado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

Em 2020, por exemplo, mais de 90% dos 269 focos tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas. Em 2021, das 13 ocorrências registradas até agora, maior parte também está relacionada ao uso irregular do fogo.

O incêndio florestal prejudica a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar, diminuir a fertilidade do solo, oferecer risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causarem problemas de saúde na população.

Para prevenir as queimadas, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente promove até o mês de outubro uma campanha de conscientização com objetivo de alertar a população o perigo que essas atitudes podem causar.

As mensagens sobre os riscos, por exemplo, de jogar bitucas de cigarro na mata e soltar balões estão sendo divulgada nas redes sociais de todos os órgãos integrantes da Operação Corta-Fogo e também estão disponíveis ao público.

A Operação Corta-Fogo

Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, a diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.

Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano.

Elas são as chamadas fases verde, amarela e vermelha:

Fase verde (janeiro a março, novembro e dezembro). Essa fase é dividida em duas etapas. A primeira delas, de janeiro a março, é dedicada a atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação. No final do ano, é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte.

Fase amarela (abril e maio). A fase amarela requer foco nas ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Nessa fase, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade.

Fase vermelha (de junho a outubro). Nessa fase, as ações de combate ao fogo e de fiscalização repressiva são priorizadas e as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.

Órgãos participantes:

Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC)

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP)

Polícia Militar Ambiental

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)

Fundação Florestal.

A coordenação do sistema é feita pela CFB – Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.

 

Bruna Macedo e Manuella Niclewicz

Portal do Governo

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