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MPF pede interdição de seis museus federais por falta de sistema contra incêndio

MPF pede interdição de seis museus federais por falta de sistema contra incêndio

De acordo com procuradora, unidades não têm Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros

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O Ministério Público Federal (MPF) do Rio pediu à Justiça Federal a interdição de seis museus federais: Museu da República, Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Museu Villa-Lobos, Museu da Chácara do Céu e Museu do Açude. A informação foi divulgada pela Globo News. Em entrevista ao Jornal O GLOBO, a procuradora Solange Braga disse que nenhuma dessas unidades tem o Certificado de Aprovação emitido pelo Corpo de Bombeiros, portanto, não contam com sistema contra incêndio e antipânico.



Museu Histórico Nacional é um dos prédios que o Ministério Público Federal pede a interdição por falta de Certificado de
Aprovação do Corpo de Bombeiros - Pablo Jacob / Agência O GLOBO

O pedido é para que o museu esteja fechado tanto para o uso dos funcionários quanto dos visitantes, até que o Corpo de Bombeiros emita o certificado de cada um deles tem todo seu sistema contra incêndio de acordo com as normas.

A Ação Civil Pública, com pedido de liminar, quer promover a elaboração e a implementação de um plano de segurança contemplando todos os aspectos que garantam a segurança elétrica e hidráulica, a fim de salvaguardar a integridade física de visitantes e funcionários, bem como o patrimônio histórico e cultural integrantes das unidades museológicas.
Segundo Solange Braga, há dois anos o MPF tratava do assunto em encontros com diretores e responsáveis pelos museus, inclusive o Museu Nacional. No entanto, ela afirma, que há um pensamento de que "é melhor um museu mesmo caindo aos pedaços aberto, do que um museu fechado".

— Há um pensamento dentro da sociedade, no mundo jurídico e acadêmico, dos profissionais que lidam com meio ambiente e patrimônio, que o museu deve estar aberto, é uma casa do povo. Que aquela obra que está lá pertence a todos nós e tem que estar acessível Infelizmente, nós temos patrimônios históricos no Brasil muito mal preservados. Se fossemos querer uma preservação e uma documentação clara, fecharíamos tudo no Brasil em matéria de patrimônio histórico, porque todos, sem exceção, sofre com a falta de orçamento para manter-se. Então, tinha essa decisão: vamos fechar tudo? Não, vamos mantê-los abertos e vamos obtendo resultados junto aos órgãos e fazendo que aconteça e que pelo menos o sistema antipânico esteja instalado — contou, ressaltando que está "rompendo" com este pensamento.

Na ação, pede-se ainda que sejam determinados os diretores dos Museus interditados que tomem todas providências no sentido de proteger as obras de arte, documentos históricos e demais partes do acervo, no local, ou, não sendo viável por qualquer razão, em outro local, assegurando a preservação efetiva do acervo durante todo o tempo de interdição.

Já ao Ibram, é pedida a implementação imediata de plano de segurança de incêndio e pânico, contemplando todos os aspectos que garantam a segurança elétrica e hidráulica, incluindo o cumprimento de todas as exigências fixadas pelo Corpo de Bombeiros. Já à União e ao Iphan, o MPF pede que sejam compelidos a destinar recursos financeiros, imediatamente, com o fim de custear a elaboração e a implementação de plano de segurança de incêndio e pânico, contemplando todos os aspectos que garantam a segurança elétrica e hidráulica das unidades museológicas elencadas.

Procurado, o Ibram informou que ainda não recebeu a notificação, portanto só poderá se manifestar após notificação formal. "Tão logo tenhamos alguma informação, a disponibilizaremos em nosso site", afirmou em nota.

Fonte: O Globo

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