Proteção Passiva em Tecidos e Espumas Combustíveis
O termo “retardante de chama” não se refere a uma classe específica de produtos químicos; ele descreve sua função. Existem mais de 200 tipos diferentes de retardantes de chama, sendo que os elementos químicos mais comuns utilizados em sua composição são: bromo, cloro, fósforo, nitrogênio e hidróxidos metálicos.
Proteção passiva em tecidos e espumas combustíveis
Por Dora Brasil Arquitetura & Segurança contra Incêndios
Em Arquitetura de Interiores, a presença de espumas e tecidos é inevitável.
Poltronas, sofás, almofadas, tapetes, colchões e uma série inesgotável de itens envolvem espumas e tecidos.
Os profissionais que atuam nesta área não se dão conta da sua responsabilidade no que tange à prevenção contra incêndio dos edifícios. Devem pensar que tal problema compete ao Projetista de Segurança contra Incêndios…
Ledo engano. A responsabilidade precisa ser compartilhada, no sentido em que o Projetista de Segurança contra Incêndios parte de premissas do ambiente a ser protegido, que possui definições e especificações do Profissional de Arquitetura/Design de Interiores. Nada é estanque ou isolado.
Na medida em que compreendemos o sentido de RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA, passamos a ter cuidado com as especificações dos materiais nos projetos, para que tal material já possua certo nível de resistência ou proteção contra o fogo, reduzindo consideravelmente os riscos de propagação do fogo e produção de fumaça tóxica aos ocupantes do local.
Só para se ter noção dos riscos desses materiais, a ESPUMA em combustão produz uma fumaça rica em monóxido de carbono (CO), gás inodoro e altamente asfixiante pois realiza uma ligação estável com a hemoglobina do sangue, incapacitando-a de transportar o oxigênio aos pulmões. A depender da concentração deste gás – relativa diretamente à quantidade de material que o produza na combustão, – em poucos minutos o ambiente torna-se irrespirável.
Como alternativas ou soluções para uma atuação profissional comprometida com a Vida dos ocupantes dos ambientes, o projetista pode:
- reduzir a carga de incêndio do ambiente, buscando produtos cujo fabricante já apresente indicadores de resistência ao fogo na produção deste componente;
- aplicar sobre os estofados e tecidos produtos retardantes ao fogo, que ajudarão no prolongamento do tempo de abandono seguro das pessoas dos ambientes afetados pelo princípio de um incêndio.
O termo “retardante de chama” não se refere a uma classe específica de produtos químicos; ele descreve sua função. Existem mais de 200 tipos diferentes de retardantes de chama, sendo que os elementos químicos mais comuns utilizados em sua composição são: bromo, cloro, fósforo, nitrogênio e hidróxidos metálicos.
Os retardantes de chama são substâncias químicas que possuem a ação de retardar a ignição, diminuir a velocidade de queima e minimizar a emissão de fumaça dos materiais aos quais são incorporados. Eles são aplicados para reduzir a inflamabilidade intríseca dos polímeros, aumentando sua resistência à combustão. Ou seja, o uso do retardante de chama torna a propagação do fogo mais lenta, proporcionando um dos maiores benefícios do uso desse tipo de produto: salvar vidas.
A utilização de retardantes de chama aumenta consideravelmente o tempo de escape em caso de incêndio – de 2 para 20 minutos, em média – possibilitando às pessoas um tempo de fuga 10 vezes maior para evacuar o local em segurança. Outro fator positivo obtido com a utilização desse aditivo é a diminuição da produção de fumaça no local do incêndio.
(Fonte: ABICHAMA)